sexta-feira, 27 de maio de 2011

Salário

Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.
Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
Apresentam-se ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
Pensemos nisso.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Exame de Aikido para 1º Kyu - Faixa Marrom - 1º/05/2011 - FEPAI - SP

APREENSÃO TOTAL...

ONEGAI SHIMASU

SUWARI WAZA

SHOMEN UTI DAI ITIKIO URÁ

YOKOMEN UTI KIRIKAESHI IRIMI NAGUE OMOTE


AGUARDANDO A NOTA...

RECEBENDO O DIPLOMA DO SHIHAN NISHIDA


RODRIGO, ANDERSON (UKE DO MEU EXAME), SENSEI MARCIO, EU E O RENATO

MARCAS DE BATON NO BANHEIRO

 Numa escola, estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas
 de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para
 remover o excesso de batom.
 O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um
 trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como
 sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
  Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou
 pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas
 aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.
  No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
  No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no
 banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do
 trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso
 sanitário e passou no espelho.
 Nunca mais apareceram marcas no espelho!

 Moral da história: Há professores e há educadores...
 Comunicar é sempre um desafio!
 Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos
 resultados.

 Por quê?

  •Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
 •Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
 •Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
 •Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.


 "O conhecimento a gente adquire com os mestres e os livros.
A sabedoria com a vida e com os humildes. "

terça-feira, 3 de maio de 2011

O SENTIDO DO TRABALHO

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Todos nos desejamos encontrar significado mais profundo em nossas atividades profissionais.
As recompensas financeiras já não são as únicas e, para muitas pessoas, já nem são as mais importantes. Tanto é verdade que, para a pergunta “Se você tivesse muito dinheiro para viver confortavelmente o resto de sua vida sem trabalhar, o que você faria em relação ao seu trabalho?”; a maioria das pessoas responderia “trabalharia mesmo assim”.
O trabalho representa um valor importante nas sociedades contemporâneas, exercendo uma influência considerável sobre a motivação dos trabalhadores, assim como sua satisfação e produtividade.
Compreender os sentidos do trabalho hoje é um grande desafio para os administradores tendo em vista as múltiplas transformações que têm atingido as organizações e os “mundos do trabalho”.
Uma recente pesquisa de Psicologia da HEC – em Montreal – A professora Estelle Morin, demonstra que o sentido no trabalho depende de seis características combinadas.
Em primeiro lugar, o trabalho deve ser feito de maneira eficiente e gerar resultados, pois ninguém gosta de plantar sem colher.
Depois, deve ser intrinsecamente satisfatório, isto é, corresponder à personalidade, valores e talentos das pessoas, ou, em outras palavras, a pessoa tem que gostar do que faz.
Um terceiro fator é que o trabalho tem que ser moralmente aceitável e socialmente responsável, o que significa dar uma contribuição a sociedade e cooperar com os mais nobres ideais humanos. Um exemplo disso são as políticas de sustentabilidade e de proteção ao trabalho infantil.
Uma quarta característica do trabalho com sentido é que ele deve ser uma fonte de experiências de relações satisfatórias, e, nesse sentido o trabalho aproxima pessoas e cria parcerias existenciais.
A quinta característica diz respeito às garantias de segurança e autonomia, pois com o trabalho “ganhamos a vida”: dinheiro para viver, respeito, admiração e, acima de tudo, dignidade.
Finalmente, a sexta característica de um trabalho com sentido é que ele nos mantém ocupados, enche a nossa agenda, organiza o nosso tempo – dias, meses, anos – estrutura e organiza a vida diária e a historia pessoal.
Além dessas seis características apontadas pela professora Estelle Morin, creio que o sentido do trabalho está associado a dois outros fatores.
Primeiro com as possibilidades de auto-desenvolvimento, ou como disse o poeta Vinícius de Moraes, “o operário faz a coisa e a coisa faz o operário”.

Muitos não se dão conta de que estão vivendo, caem na rotina do dia-a-dia e a vida vai passando e fazendo assim a sua historia. Como diz o cantor e poeta Zeca Pagodinho “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Pena que quando se dão conta, a vida se foi e não há mais como recuperar o tempo vivido.
Mas acredito que a característica mais essencial do sentido do trabalho é o sentido de missão.
Eu acredito que vivemos num mundo em desordem. Um caos. Ai estão os grandes movimentos econômicos que não me deixam mentir. Inúmeras injustiças de ordem social e econômica que produzem uma grande insatisfação e até morte de muitos cidadãos sem chance de competir. Seres humanos que não tem as mesmas chances de sobreviver e se desenvolver por inúmeras razões que a história nos explica. Dependem em sua grande maioria da generosidade e bondade de seus governantes e de organizações humanitárias internacionais para lhes dar alguma esperança de mudança.
Assim, creio que somos instrumentos para por em ordem um mundo em desordem. Somos cooperadores de Deus para por ordem nas coisas.
A maioria das pessoas realizadas em sua atividade profissional acredita não apenas que faz o que Deus lhes deu para fazer, como também no fato de que os frutos de tal atividade estão associados a valores intangíveis. Acreditam que além de fazerem um bem para si e para suas famílias, o fazem também ao mundo ao seu redor.
Para exemplificar melhor o que quero dizer, lembro o filme de Ridley Scott, “Gladiador” onde o personagem Maximus, interpretado pelo ator Russell Crowe, ao convocar seus soldados para a batalha, associa duas figuras imprescindíveis ao trabalho que contém grande significado: o céu e a eternidade.
Maximus diz a sua tropa perfilada algo mais ou menos assim: “Caso algum dos senhores se perceba cavalgando em uma serena campina no mais belo por do sol, não se assuste, você morreu e está no Elíseos”, em seguida, Maximus afirma categoricamente: “O que fazemos aqui ecoa na eternidade”. Evidentemente o que ele quis dizer a seus soldados era que “aquele que morre fazendo o que deve ser feito não morre em vão”