segunda-feira, 27 de junho de 2011

Doença da Alma

Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos
 - Medicina reconhece obsessão espiritual
 Por Dr. Sérgio Felipe de Oliveira*
 
A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina.
Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de
doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina,
por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do
Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do
espírito. 
 
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa
 informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu
o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do
aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado
de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e
desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha,
portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não
a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
 
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como
o estado de completo bem-estar do ser humano integral: iológico, psicológico
e espiritual.
 
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na
Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do
CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da
interferência espiritual Obsessora.
 
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda
transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente,
fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por
incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados
por doença.
 
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos
religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
 
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos
transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença,
 um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama
de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão
 espiritual.
 
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe
normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para
não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos
 de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou
ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma
 alucinação ou loucura.

 que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.
 
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de
uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
 
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido
 no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos
rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como
 psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
 
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande
maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por
ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade,
 são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental,
psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do
momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
 
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser
 estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade
de vida do enfermo.
*Dr. Sérgio Felipe é médico psiquiatra que coordena a cadeira de
Medicina e Espiritualidade na USP.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico,
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana

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